A Edição 20 da Revista Hominum está agora a disposição. Um pouco sobre ela:
“O dossiê Mulheres fazendo História: relatos, trajetórias e produções, proposto pelo LEGHI (Laboratório de Estudos de Gênero, História e Interculturalidade) da Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD – Cátedra da UNESCO/BR) em parceria com o Liliths (Grupo de Estudos e Pesquisa Gênero e História das Mulheres) da PUC/RS teve como objetivo reunir pesquisas cujo corpus seja composto de fontes produzidas por mulheres ou a elas relacionadas, considerando a pluralidade feminina e suas diferentes formas de expressão.
As últimas décadas do século XX apresentaram expressivas mudanças no que tange os estudos sobre mulheres, consideramos ainda a categoria de gênero nas ciências sociais e humanas, em uma articulação entre os feminismos e o desenrolar da historiografia. Por estabelecerem um novo olhar analítico que compreende a mulher como objeto e sujeito da História, o gênero figura como alternativa de análise que incorpora às relações sociais, as experiências, as redes sociais, suas variações e seus significados culturais, onde hierarquizações, estereotipias, assimetrias e desigualdades socioculturais vivenciadas por estas mulheres perpassam demarcadores sociais.
Desta forma, o dossiê conta com pesquisas interdisciplinares que utilizem ciências auxiliares como a literatura, o direito, a imprensa, a educação, diferentes formas artísticas para enriquecer o conhecimento histórico e que tenham como finalidade primordial a visibilidade feminina. O dossiê recepcionou estudos que visaram desconstruir, deslegitimar e desnaturalizar o binarismo, a misoginia e o essencialismo biológico; contestar a história universal, o silenciamento, o apagamento e as desigualdades infligidas às mulheres, e mostrar como elas sempre falaram e participaram da história, mas nem sempre foram ouvidas, incluídas ou referenciadas. O dossiê parte do questionamento da prevalência do olhar masculino na escrita da História e da problematização do processo de inclusão das mulheres como sujeitos da História a partir de uma narrativa histórica tradicional dominante que não dá conta da multiplicidade da presença feminina nos diversos contextos históricos.”
Venha conferir a nova revista, o novo formato e a nossa velha missão.